Índio da Costa é um político de direita em ascensão. Graças a Deus! Pobre da democracia que tem somente lideranças socialistas. Um embate ideológico maduro é fundamental não só para a mobilização política de todas as camadas da sociedade, mas principalmente para a consolidação da liberdade de expressão no país ainda adolescente em sua democracia.
Não é de hoje que o Democratas se conscientizou de que o tempo dos velhos caciques passou. E reagiu rápido à perda prematura de Luiz Eduardo Magalhães, treinado para oxigenar as ações de antigos pessedistas e udenistas. Se o neto de Antônio Carlos Magalhães se esmera na manutenção do feudo baiano e o filho de Bornhausen ainda não deslanchou, coube ao herdeiro natural de César Maia liderar a revolta contra a indicação de Álvaro Dias como vice de José Serra. Revolta vitoriosa, pelo menos até agora. Esses “meninos” prometem fazer barulho no futuro, embora não tenham demonstrado ainda interesse em questionar as premissas dos antecessores.
O presente, no entanto, é o que conta, pois está em jogo a administração de um modelo que ao longo dos últimos 16 anos deu um norte ao Brasil. Modelo do qual José Serra fez parte dissonante. Não apenas por posições divergentes de alguns planos de Fernando Henrique Cardoso. Também por falta de sutileza no campo político. A confusão escancarada na escolha de seu virtual substituto é prova contundente. E a definição do nome, um golpe em um dos principais argumentos contra Dilma Roussef.
Se a candidata do PT nunca disputou uma eleição, Índio da Costa entrou para a política no início dos anos 90 como membro da Juventude César Maia. Conquistou dois mandatos de vereador do Rio de Janeiro e se elegeu deputado federal depois de assumir a Secretaria Municipal de Administração, que lhe rendeu a acusação -encabeçada pelo PSDB - de envolvimento em licitação fraudulenta, inquérito arquivado em 2008. Tem como trunfo supervalorizado por seus defensores a ocupação do cargo de relator do projeto Ficha Limpa.
Em termos de poder articulação, sua atuação mais relevante conhecida é ter se relacionado com a filha do ex-banqueiro Salvatore Cacciola. O que não exigiu muito esforço, uma vez que ele e Rafaella Cacciola integravam a mesma banda da alta sociedade carioca.
Se já não acrescenta muito à candidatura de Serra, Índio da Costa pode tirar votos do principal aliado do tucano no estado. O perfil de Índio tromba com aura alternativa do candidato a governador Fernando Gabeira (PV).
Não é exagero dizer que o futuro de Índio da Costa, e só o dele, é promissor. Projeções a partir das atuais pesquisas de opinião permitem imaginar, salvo o surgimento de graves fatos novos, que será ele um dos principais candidatos à Prefeitura do Rio.
Graças a ateus.
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