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Fluminense, Santos, Internacional e Corínthians são por ora mais consistentes que agremiações do cone sul, do Chile e a mexicana. As demais, incluindo os combalidos argentinos, estão longe de merecer dentro de campo o respeito com que são tratadas.
O título só não poderia ser disputado entre os quatro primeiros devido ao regulamento da competição.
Mesmo a altitude tem sido superestimada por falta de autocrítica.
A guerra com que se classificam as disputas do torneio está restrita a comportamentos atrás das 4 linhas. Entre elas, é mito anacrônico, forjado quando o provincianismo falava mais alto na formação de jogadores e na prioridade dos clubes, antes voltados a conquistas nacionais em detrimento de torneios extra-fronteiras.
Se não existem mais times bobos, é porque os atletas aprenderam com o que andam vendo mundo afora, pela TV ou como imigrantes.
Auto derrota
A verdade é que os países tradicionalmente fracos apenas deixaram de ser varzeanos, desarrumados e brutos. Evoluíram, mas, salvo exceções sazonais, para algo como sub-produtos da escola tática italiana, com retranca forte e contra-ataques quase sempre em ligação direta. Como qualquer timinho hoje em dia.
Se as potências regionais encontram dificuldades até dentro de casa, é porque proporcionalmente avançaram menos ou estagnaram.
Ou seja, perdem para elas mesmas.
Vasco e Fluminense na última rodada deram mostras claras que os brasileiros na Libertadores têm mais dificuldades consigo mesmos que com os oponentes. Santos, Corinthians, Internacional e, mais que todos, o Flamengo, também já deram exemplo igual.
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Neymar, exceção arrepiante |
Neymar é um dos poucos que não decepcionaram na competição. A maioria dos extraordinários sucumbe ainda não se sabe a quê. Departamento comercial? Torcida? Agentes? Há empates ou derrotas em jogos nos quais os grandes deveriam vencer só com a camisa. Sim, só com a camisa e cabeça fria.
As equipes brasileiras são tão ou mais violentas e duras que as restantes, não impõem ritmo de jogo nem são absolutas como deveriam quanto à posse de bola diante de times de nível próximo aos de segunda linha atualmente jogando nos campeonatos estaduais.

Final ideal?
Flamengo à parte, dadas as confusões da cartolagem e à chegada recente de Joel Santana, os outros não têm desculpas táticas ou técnicas, nem tempo mais de abrir mão da superioridade.
Os treinadores têm acertado de maneira geral, priorizando a Libertadores. Cabe agora aos jogadores, além de priorizar, privilegiar a disputa.
Se os jogadores a virem como um clássico do futebol brasileiro, com duas das melhores equipes do país disputando um título, teremos espetáculo à altura de uma final do mais importante torneio do continente. Senão, violência típica creditada aos vizinhos.
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