A metade das quartas

Vélez Sarsfield e Santos desperta suspense. Neymar ainda não mostrou aos argentinos do que é capaz. Pode provar hoje a Mano Menezes que não é necessário jogar na Europa para amadurecer.Consistente e agressivo, o adversário deve exigir muito mais do que a defesa de Muricy tem jogado até aqui.

Boca Juniors contra Fluminense é novamente promessa da maior emoção na rodada. Partida diferente agora, com Riquelme em alta e Rafael Moura no ataque, com a missão de substituir não apenas Fred, mas também amenizar a falta de Deco. Mesmo inconstante, a ausência dele  gera um buraco na meia, por melhor que seja o elenco. Enquanto o técnico Julio Falcioni quer provar a experiência do Boca nessa competição, Abel precisa exibir versatilidade tática. 

A cobiça

Libertad X Universidad de Chile foi interessante. Os dois contribuem na mudança de perfil do torneio, tradicionalmente retrancado. Com o mais belo futebol coletivo da Libertadores, La U fez o suficiente para jogar com tranqüilidade em casa.

Vasco e Corínthians foi pior do que se esperava. Muito pelo campo encharcado, que não deixou a bola correr como deveria. Neste aspecto, o clube paulista levou a pior, pois controla as partidas fazendo a bola rodar. O Vasco, apesar de mais leve, optou pelo travamento do meio de campo, estratégia típica de Libertadores, impedindo a armação adversária. Portanto, a partida foi feia também devido ao sucesso dos técnicos em seus propósitos táticos. 
Não ter marcado fora de casa deixa Tite mais preocupado. Se tem forte defesa, sofre mais com falhas no arremate. Um centroavante parece a solução óbvia, mas o fato é que o time joga sem um homem de área, e bem.

O gol anulado de Alecsandro ainda me é duvidoso, apesar do tira-teima.

Para a FIFA, em caso de dúvida, a ordem é deixar o jogo seguir. A arbitragem foi convicta e não pode ser massacrada.

Isso é só a metade das quartas de final da Libertadores. A metade de uma das melhores edições do campeonato.