Ordem e Regresso


Diz a sisuda e recatada beata dos cafundós das Minas Gerais:
- Princípio tem valor de uso, não valor de troca.
Deixando para trás a sabedoria matuta quando levou o domicílio para Mônaco, Felipe Massa hoje paga caro por ter sido um bom funcionário para a Ferrari.
Desde que acatou a ordem de abrir passagem para Fernando Alonso no GP alemão de 2010, a distância entre os dois aumenta, apesar da equipe não acompanhar a evolução técnica das rivais.

 Na temporada 2010 até o GP da Inglaterra, Massa chegou 4 vezes à frente de Alonso. A partir da disputa na Alemanha, quando teve que ceder a vitória ao “companheiro” de escuderia, o superou apenas na Coreia do Sul, onde o espanhol não completou.
Alonso fez 254 pontos; Massa, 144.
Em 2011, começo da fase “azarada”, em que não completou 3 provas e vários erros nos boxes o levaram à perda de pontos e posições, chegou duas vezes à frente ( Malásia e China). Fez 118 pontos; Alonso, 257.
A projeção para este ano é vergonhosa, baseada nas 5 primeiras corridas: 61 pontos tem Alonso; Massa, 2.

Fé-rari, equipe de 1
O brasileiro incorporou à carreira o discurso do compatriota Barrichello, que anteriormente criticara de forma quase direta. Na falta de justificativa melhor, a escuderia faz coro. Fala em fé e sorte quando questionada sobre a confiança no piloto.
Sincera ou não na tentativa de evitar a imolação pública, – há quem diga que também interna -  é tosca no desafio de motivar o segundo piloto depois de pisoteá-lo.

A obediência cega fez mal a todos. A Ferrari terá dificuldades em permanecer entre os 3 primeiros na pontuação por equipe apenas com a sorte de Alonso e a fé de Massa. Para remover McLarens, Red Bulls, Lotus e talvez Williams do caminho, as duas precisam andar lado a lado.

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