A queda nas bolsas europeias e norte-americanas foi
justificada pelo confisco de saldos de correntistas no Chipre.
O historicamente surrado Chipre acordou no domingo com a
notícia de que seriam tomados 9,9% do saldo de quem tinha mais de 100 mil euros
na conta corrente, e 6,25% de quem tinha menos que isso.
A medida articulada pelo governo para atender ao projeto de resgate da dívida do país no
valor de 10 bi de euros levou a uma
corrida aos caixas eletrônicos ainda ontem , além do adiamento da votação do
projeto pelo parlamento para amanhã.
A proposta é mais agressiva do que as anteriores. Se em
países como Grécia, Portugal, Espanha os direitos trabalhistas e as políticas
de proteção social abalroadas por socorro ao mercado financeiro, agora, no país
responsável por menos de 0,5% PIB europeu,
o cidadão tem a conta saqueada para pagamento do rombo dos bancos.
Há menos de um mês o resultado das eleições italianas foi a
justificativa para a chacoalhada baixista no mercado acionário. O que se viu na
sequência foi uma alta histórica nos
índices planeta afora.
Os movimentos abruptos são especulação de tubarões, tratando
de fortalecer o sistema que beirou a bancarrota e mostra vitalidade, incólume
aos questionamentos provocados pela quebra dos Estados.
O resto é conversa de vendedor abrigado nas agências de classificação
de risco.
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