Galo grande


O Atlético Mineiro voltou a se apresentar quase com a mesma competência com que vinha atuando no início da temporada. Se recuperasse a eficácia, teria aplicado uma goleada de pelada. Os muitos gols perdidos não fizeram falta por causa da inapetência do adversário.

Para quem ainda duvidava da crueldade do calendário nacional, só pode atribuir a Ney Franco a derrota se acreditar que ele deveria entrar com 11 reservas no último final de semana contra o Corínthians.  Tivesse agido assim, seria crucificado, como é agora, injustamente.

A desclassificação no Paulistão abateu os tricolores, taticamente bem postados.

O São Paulo pagou caro pela violência de Lúcio e o destempero de Luís Fabiano, o único motivo plausível para  a queda de rendimento da equipe. O time estava evoluindo. Da maneira como jogou no Morumbi pelo primeiro confronto, deixou a sensação de que poderia bater o grupo mineiro em casa.

Abatido, foi humilhado e terá um longo e inesperado período de tédio até o início do campeonato brasileiro.

O time de Cuca ensaiou uma reação à curva declinante que se desenhava a partir do início da Libertadores, ainda que vencesse jogos. A dependência de Bernard é o ponto frágil, mas o desempenho de todo o grupo com ele em campo é bonito de ver.

Ronaldinho Gaúcho, mais que espetáculo, exibe eficiência. Jô foi mortal, mas apenas um gol para Diego Tardelli foi pouco.

O presidente do Galo disse que ele seria a cereja do bolo. Na verdade, sua equipe inteira se tornou um bolo de cerejas. E entre os frutos, o mais suculento é o treinador. Cuca deu os sinais de maturidade que dele tanto se cobra.

A Libertadores não é justa, mas o Atlético esbanja força, garra e talento  em quantidade suficiente para uma campanha histórica.

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