Passou o pior

Um início de jogo arrasador , marcando sem uma vírgula de espaço ao Newell`s Old Boys na saída de bola, insinuava outra virada espetacular do Atlético Mineiro em casa. O gol de Bernard saiu logo nos dois minutos de jogo, eletrizando a todos dentro e fora de campo. O último dos brasileiros na competição teve a possibilidade de vencer pelos necessários 3 gols de diferença já nos 45 minutos, com oportunidades perdidas e pênalti não marcado, com a devida cautela de só ter permitido um ataque com perigo contra a meta de Victor.

O que faltou para que o cenário se confirmasse foi  um quase disfarçável nervosismo, alterando o estilo de toques rápidos e movimentação a partir do meio de campo para lançamentos “seja o que Deus quiser” pra frente.

O que se viu no segundo tempo permite imaginar que a conversa no vestiário foi  no sentido de criar tranquilidade. Exageraram na dose. A equipe voltou quase apática, principalmente Ronaldinho Gaúcho. Os argentinos corrigiram e apertaram a marcação sobre Bernard e Gaúcho, anulando as principais jogadas e travando o jogo. Os atleticanos passavam então pelo pior.

 Uma providencial queda de energia interrompeu por mais de 10 minutos o jogo, tempo bem aproveitado para Cuca reorientar o grupo. O fundamental, no entanto, foi a coragem de substituir dois dos medalhões – Tardelli e Bernard, e substituir o defensivo Pierre pelo atacante Luan.

Guilherme, a mal digerida contratação, apagou a pecha de cria do Cruzeiro e caiu nas graças alvinegras. Victor fez o suficiente defendendo um pênalti.

Por pouco a equipe não perdeu a vaga na final para si mesma, embora o oponente seja o melhor time argentino do momento.

A parada para a Copa das Confederações fez mal ao time nacional. Cuca tentou jogar recuado e não funcionou em Rosário.  Houve tempo suficiente também para que seu esquema tático fosse esmiuçado. Mas ele soube mexer na formação.

O Olímpia é parada dura, mas o pior já passou.

Postar um comentário

0 Comentários