A vitória do São Paulo sobre o Cruzeiro é emoção fugaz com
sentimento incompleto. Carimbar a faixa do campeão só satisfaz no sistema de
grupos. Não tem significação.

Na mesa de negociação entre o Bom Senso F.C. e a CBF, na
qual deveriam se sentar também os clubes e a mídia, a questão bem que poderia
ser posta.
Se o sistema de pontos corridos é adotado por justiça, não
faz sentido alimentar a imprevisibilidade do futebol nas séries A e B. Subir e
descer 4 reduzem a qualidade da disputa. Tropeçar no saco de pancadas da
temporada não acrescenta, nem aos times de ponta, nem aos coadjuvantes.
Diminuir o número de jogos, como reivindica o Bom Senso F.
C., melhorar o nível do campeonato, com o consequente aumento da rentabilidade
e da audiência, como querem do torcedor ao anunciante, poderia ser resolvido
numa tacada: Em 2014, caem 6 e sobem dois, para subir o campeão e o vice a
partir daí, nas duas divisões. Tecnicamente, 16 clubes até que é muito, mas, politicamente, razoável. Seriam oito rodadas a menos.
O enxugamento qualifica as elites, torna os confrontos mais
significativos, valoriza as divisões inferiores, faz os campeonatos mais
emocionantes. Também democratiza os investimentos, pois até a série D pode
ganhar visibilidade. Favorece o fair play financeiro em todas as divisões.
Combate a desigualdade social que também existe no futebol.
Já há experiência suficiente para perceber que o
rebaixamento não é bicho papão.
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