Espetáculo completo

 
Real Madri X Barcelona deu tudo o que qualquer tipo de espectador, torcedor ou estudioso poderia esperar de um jogo em alto nível. Até mesmo as falhas na arbitragem foram exemplares.  O pênalti marcado na falta de Dani Alves em Cristiano Ronaldo  fora da área revelou como a decisão de se deslocar para o lado errado do lance pode fazer o árbitro definir uma peleja sem cometer erros grosseiros.  Assim só não foi porque havia em campo duas equipes seguras e arrojadas, formadas por jogadores de grosso calibre.
 4-4-2 X 4-3-3, tira-teima para quem se debruça sobre sistemas, uma aula. E de como marcar craques individualmente sem prejuízo do esquema, grande lição. Mas contra os fora de série não há quem possa. Se Cristiano Ronaldo encontrou pouco espaço, Benzema o teve de sobra para se tornar um dos destaques da partida, com gols construídos por um argentino que promete dar muito o que falar na Copa do Mundo, Di María. Liso, leve, mas não menos forte, trombador e veloz, abriu uma avenida à direita do Barça.
Domínio do Real, virada da esquadra catalã. Sete gols, 4 X 3. Ânimos em pé de briga. Para quem gosta é de emoção em futebol, houve o bastante. Cristiano Ronaldo e Messi  romperam as estatísticas históricas dos clubes e do confronto, a delícia dos historiadores do esporte.
Messi, ah, o Messi. Como a bola morre calma e resignada em seus pés. Como consegue reger o time sem rebarbas, excessos, a partir do meio de campo congestionado e ainda marcar três gols?! Atuação memorável, jogo para guardar em bom lugar na memória de todos, exceto, talvez, Neymar. Sofreu o pênalti que alterou o andamento da disputa ao provocar a expulsão de Sergio Ramos, marcou presença. A participação no jogo, no entanto, foi tímida para o padrão a que foi justificadamente alçado. Não jogou solto como gosta, nem pela esquerda, onde normalmente tem sido escalado, mas faltou o lampejo de inesperado marcante do brasileiro.
Há algo com ele que precisa ser cuidado com mais atenção.

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