4-4-2 X 4-3-3,
tira-teima para quem se debruça sobre sistemas, uma aula. E de como marcar
craques individualmente sem prejuízo do esquema, grande lição. Mas contra os
fora de série não há quem possa. Se Cristiano Ronaldo encontrou pouco espaço, Benzema
o teve de sobra para se tornar um dos destaques da partida, com gols
construídos por um argentino que promete dar muito o que falar na Copa do
Mundo, Di María. Liso, leve, mas não menos forte, trombador e veloz, abriu uma
avenida à direita do Barça.
Domínio do Real, virada da esquadra catalã. Sete gols, 4 X
3. Ânimos em pé de briga. Para quem gosta é de emoção em futebol, houve o
bastante. Cristiano Ronaldo e Messi romperam as estatísticas históricas dos clubes
e do confronto, a delícia dos historiadores do esporte.
Messi, ah, o Messi. Como a bola morre calma e resignada em
seus pés. Como consegue reger o time sem rebarbas, excessos, a partir do meio
de campo congestionado e ainda marcar três gols?! Atuação memorável, jogo para
guardar em bom lugar na memória de todos, exceto, talvez, Neymar. Sofreu o
pênalti que alterou o andamento da disputa ao provocar a expulsão de Sergio
Ramos, marcou presença. A participação no jogo, no entanto, foi tímida para o
padrão a que foi justificadamente alçado. Não jogou solto como gosta, nem pela
esquerda, onde normalmente tem sido escalado, mas faltou o lampejo de inesperado
marcante do brasileiro.
Há algo com ele que precisa ser cuidado com mais atenção.
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