A partida escancarou o problema do Brasil. A conquista da Copa
das Confederações traz a sensação de que o time está pronto, tanto para quem
está dentro quanto para quem está fora de campo.
Desde 2006 a equipe
começa jogando mal e, assim como a torcida, acredita que crescerá ao longo da
competição. Quando se percebe o erro, já
é tarde e ele induz a outro. A renovação radical da comissão e dos jogadores
descarta o aprendizado e a experiência.
A recomposição atinge o auge um ano antes da Copa. O esquema
se torna conhecido e o calendário não permite treinar outras variações. O jogo
contra Camarões comprovou o fim da seleção vencedora de 2013. Também está claro que Neymar sozinho não basta
para chegar à final.
Hulk e Paulinho são definitivamente reservas. Thiago Silva e David Luiz estão bem
individualmente, mas não funcionam em conjunto, especialmente quando o ataque
chega pelos flancos, fragilizados ainda com as atuações de Daniel Alves e
Marcelo.
Felipão precisa encarar os fatos e controlar os nervos dos
atletas neste processo. Enfim, ter a coragem de quebrar este ciclo antes que repasse pelo infortúnio outra vez.
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