Furo na operação Arca de Noé

Meio ambiente

 A mineradora Samarco informa que está ajudando com equipamentos  pescadores, ambientalistas e pesquisadores a recolher parte da fauna do Rio Doce para posterior repovoamento da bacia.  
surubim-do-doce, extinto do Rio Doce - Foto: Elvira Nascimento 

Atende a determinação da Justiça Federal, após ação civil pública dos Ministérios Públicos Federal e do Espírito Santo.

A chamada operação Arca de Noé, mesmo se rápida e eficiente, dever ser feita imediatamente também a cerca de 400 km rio acima para recuperar a mais importante e fragilizada espécie da bacia, o surubim-do-doce.


  No baixo Rio Doce, onde se dá a operação, o surubim já era dado como extinto. Na classificação do Livro Vermelho do Instituto Chico Mendes, ligado ao Ministério do Meio-Ambiente, até o desastre do Mariana estava no nível mais alto de risco de extinção no meio selvagem (Perigo Crítico) nas porções média e alta da bacia.
  
Como topo da cadeia alimentar, grande responsável pelo equilíbrio do ecossistema, este peixe é fundamental. 

  Se sobrou ainda algum surubim, está no Rio Piranga, que junto com o Rio Carmo, recebedor da lama de Bento Rodrigues, encorpa o Doce na região de Ponte Nova. 
De lá até o Espírito Santo, biólogos já decretaram a morte do rio.