Em uma
frase, a eleição em São Paulo seria “nunca antes na história desta cidade”.
A definição antecipada do eleito não foi a
única novidade. Dória foi o mais votado em 56 das 58 zonas eleitorais. Fernando Haddad, em busca da reeleição, não
venceu em nenhuma.
O candidato
petista teve pouco mais de 967 mil votos. O tucano, 3,08 milhões. Abstenções somadas a brancos e nulos, 3,09
milhões. Superaram Dória em 11.400 votos.
A decisão em
primeiro turno, aliada ao tempo de propaganda e ao período mais curto de
campanha prejudicou a exposição e o confronto de projetos. Não convenceu os
adeptos do ¨contra tudo que está aí” que foram às ruas em 2013. Estes sim,
foram os vencedores reais do pleito paulistano.
Da base total de eleitores, 8.886.195,
foram 34,85%, 34,71% votaram em Dória, e 10,89%, em Haddad.
Entre os votos
válidos, no entanto, o resultado foi incontestável: 53,29%, contra 16,70% de
Haddad. A coligação tucana também dominou o legislativo municipal.
Câmara
A coligação de
13 partidos articulada pelo governador Geraldo Alckmin conquistou 29 das 55
cadeiras da Câmara.
O PSDB superou o PT
como maior bancada. De oito passou a 11 vereadores. O PT caiu de 10 para nove.
Não perdeu mais por causa do ex-senador Eduardo Suplicy. Vereador mais votado,
com mais de 300 mil votos, ampliou o espaço do partido pelo quociente eleitoral.
Junto do PSOL, formará uma bancada
oposicionista de onze vereadores. A situação não deverá ter dificuldade para chegar
aos 60 % de apoiadores.
Assim como o
padrinho em relação à Assembleia Legislativa, tem a possibilidade de controle
total sobre votações e fiscalização de seus atos. É uma tranquilidade inédita
na governança municipal desde a redemocratização.
O prefeito
de São Paulo só terá que se preocupar com quem desprezou as eleições. Apesar da
conquista avassaladora, a vitória foi dos ressabiados, e o povo é soberano.