Pacote de cooperação inclui parcerias em infraestrutura, energia e acordo de swap de moedas
Comitivas político-econômicas (Ricardo Stuckert/PR) |
Em um movimento estratégico de reforço das relações bilaterais, Brasil e China assinaram mais de 30 atos e parcerias nesta terça-feira (13/5), durante a visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Pequim. Os acordos concentram-se principalmente em áreas essenciais para o desenvolvimento brasileiro, como infraestrutura, sustentabilidade, energia e saúde.
O presidente Lula anunciou que a China investirá mais R$ 27 bilhões no Brasil, principalmente nas áreas de infraestrutura e tecnologia.
Dados oficiais do governo brasileiro registram que em 2023 o Brasil exportou US$ 157,5 bilhões para a China, valor recorde na história das relações comerciais entre os dois países. No mesmo período, as importações brasileiras de produtos chineses somaram US$ 104,3 bilhões.
De acordo com informações divulgadas pelo Palácio do Planalto, o volume de exportações brasileiras para a China supera a soma das vendas realizadas para Estados Unidos (US$ 36,9 bilhões) e União Europeia (US$ 46,3 bilhões), evidenciando a relevância do mercado chinês para a economia brasileira.
China e Brasil intensificam relação cambial
Entre os destaques dos acordos firmados está a assinatura de um mecanismo de swap de moedas entre o Banco Central do Brasil (BC) e o Banco Popular da China (PBOC). O documento foi formalizado pelos presidentes das instituições, Gabriel Galípolo e Pan Gongsheng, durante evento na capital chinesa.
O acordo de swap prevê operações de até R$ 157 bilhões, com validade de cinco anos. O principal objetivo é garantir liquidez para o funcionamento adequado dos mercados financeiros em períodos de instabilidade, criando uma reserva estratégica para ambos os países. Segundo o Banco Central, a iniciativa é recorrente em vários países depois da crise sistêmica de 2007.
Declarações políticas
Brasil e China divulgaram duas declarações conjuntas nesta terça-feira (13/5). Uma das declarações pede diálogo entre Rússia e Ucrânia, para dar fim à guerra entre os dois países.
A segunda declaração conjunta foi em defesa do multilateralismo e do fortalecimento de ações sustentáveis, com o objetivo de amenizar os efeitos danosos das mudanças climáticas para o planeta.
Lula está em viagem oficial a Pequim, onde participou do Fórum Empresarial Brasil-China, com investidores chineses e brasileiros.
( com agências internacionais e Ag. Brasil)
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