H1N1

O São Paulo protesta contra a proposta de enfrentar o Chivas pelas oitavas de final da Libertadores em Guadalajara, no México. Evidentemente há uma certa malandragem em fugir da casa do adversário, mas a argumentação é irrefutável. Ainda que as autoridades locais afirmem que a epidemia de influenza A – a popular gripe suína – esteja sob controle, isto não significa que o risco de contágio esteja debelado. A equipe tem como se precaver, bastando que a comitiva use máscaras, mantenha as mãos higienizadas, evitem contatos mais próximos com mexicanos e não saiam às ruas. Mas porque jogadores e comissão técnica têm que passar por isso? É mais que razoável aceitar a alegação do superintendente do clube Marco Aurélio, de que a situação afetaria psicologicamente a equipe.
Além disso, a questão não se restringe à competição. Muitos torcedores e diretores do clube não resistiriam à ideia de assistir ao jogo in loco. O risco à saúde nacional é inegável. O próprio Ministério da Saúde deveria se pronunciar junto a Conmebol, ainda que a entidade pareça não estar “forçando a barra” pela realização da partida em solo mexicano. Antes prevenir que testar o sistema brasileiro de defesa contra o vírus.

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