O maior e o menor mérito de Dunga

O grande mérito do Dunga é não ter o maior mérito nesta boa fase. Sim, sim e sim , antes que pense em se tratar de mais um a cornetar o técnico da seleção brasileira. Se havia antes dúvida sobre a capacidade do ex- jogador de comandar a seleção, é saudável que ela ainda persista. Afinal, parece ser dela que o treinador se alimenta para se superar. E duvide sim é dos que afirmam agora dar o braço a torcer.
A questão colocada antes da campanha até aqui vencedora era se um time congestionado pelo meio, com primazia de brucutus, seria o suficiente para levar a seleção às vitórias. Não creio na necessidade de gastar muitas linhas para mostrar quão seguidor de Parreira é o atual comandante: sempre 10 atrás da linha da bola, velocidade pelos flancos com os alas em posição oposta , um no ataque enquanto o outro apoia a defesa. Tivesse Parreira Kaká em 94, a seleção levaria a Copa com nota 10!
As bolas paradas pelas pontas, responsáveis-mor pelos triunfos, são mérito do assistente Jorginho, sua marca é indelével. E os tais brucutus têm participado ativamente na armação do ataque. O mérito é todo de Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano e Júlio Batista, que têm sobrado para cobrir a má fase de Robinho.
Dunga então não tem qualquer mérito? Ora, ora, é ele quem dá toda a segurança para os jogadores atuarem com a desenvoltura esperada quando têm o domínio da bola! Seu maior mérito é não ter o maior mérito até aqui.
Tudo certo, porém – ah, porém! – este é o modelo mais bem acabado da seleção campeã de 94 e vice de 98. Vice... derrotada pela mesma nação que eliminou o Brasil em 2006. E é aí que se faz lembrar a Noruega. O técnico Egil Olsen dizia que sabia como vencer o Brasil. E venceu. Por ali, na entrada da área pela meia-esquerda de Taffarel. Por onde Zidane penetrou na final de 98, por onde Henry entrou em 2006.
Não, se Roberto Carlos não estivesse naquele momento arrumando sua meia, estaria alguns passos à frente, esperando a bola para puxar o contra-ataque, como determinava o esquema tático.
Aí está o nó górdio da seleção atual, que as equipes sulamericanas por tradição tática não souberam explorar.
Haverá tempo para corrigir esta lacuna durante os treinamentos finais. O desafio do técnico, e seu maior mérito, será o de surpreender os adversários, e não o de jogar bem como jogou.
Vai, Dunga, vai, que a partir da classificação para a África 2010 a bola é toda sua, vai!

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2 Comentários

  1. Por favor, Lívio, me ligue: (11) 3801.1967 - Marcos Resende - Rede Bandeirantes de Televisão

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  2. Anônimo3:24 PM

    Como vai vc, moço? Parabéns adiantado e quando tiver um tempinho, mande noticias e veja meu novo trabalho no www.izildareis.com.br. bjinhos...fui

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