Não houve nada melhor neste início de Copa, em minha opinião, que os bandeirinhas. Os impedimentos foram marcados com precisão rara.
Não há como não destacar a decepção com as apresentações das favoritas, com a louvável exceção da Alemanha não pela goleada na Austrália, mas por ter mostrado uma equipe no ponto, técnica e fisicamente.
A África do Sul pode não ter atendido a expectativa criada, mas o equilíbrio exibido na estreia em casa mantém a esperança de uma surpresa boa, até pelo mau desempenho da França e a quase burocrática esquadra uruguaia, adversária desta tarde. Este pode ser o jogo decisivo para a classificação do grupo.
No entanto, foi a Costa do Marfim a seleção africana que mais me entusiasmou. O sistema de marcação montado pelo técnico Sven Eriksson otimiza com sabedoria o vigor físico de seu atletas. E a equipe está sempre pronta para dar o bote. Peca nas finalizações. O bom trabalho de Parreira e o de seu colega sueco só não os torna mais visíveis que o oponente argentino. Desentortando ou não seu time, Maradona já é a grande estrela deste mundial.
Não há como não destacar também a famigerada bola. Na ânsia de aumentar o número de gols e, consequentemente, o público, a FIFA deu carta branca aos “ inventores” da Adidas. A fabricante alemã atingiu o objetivo contrário. A maior parcela dos piores lances desta primeira rodada poder ser creditada à Jabulani. Vejamos se os jogadores se acostumam com ela a tempo.
Com as frustrações inesperadas e surpresas duvidosas, ao fim da primeira rodada a Copa da África se torna uma incógnita.
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