Relaxar nas regras, debochar da disciplina e desdenhar da opinião alheia são indícios de maturidade.
Depois de brilhar no Barcelona, conquistar o troféu de melhor do mundo em 94 e comandar o retorno do Brasil ao Olimpo das Copas, Romário parou de jogar. Se deu o luxo de buscar regalias sem qualquer constrangimento. Partiu para o prazer dos objetivos individuais.
E recentemente passou a se curtir através de uma das duas maneiras mais narcísicas possíveis: como ator ou político.
Rivaldo é nordestino. Tem no sangue ganhar o mundo para um dia voltar e viver em paz com os seus.
Também depois de se destacar no Barcelona, ser eleito o melhor do mundo em 99 e co-liderar com Ronaldo a conquista da Copa de 2002, já poderia estar nos 4 cantos em Olinda vendo passarem os blocos, mas segue seu destino do norte, aos cantos do planeta, com serenidade e consciência.
Beckham escolheu os Estados Unidos. Rivaldo quer jogar bola. Há melhor lugar para se jogar bola hoje no mundo do que a África?
Uma boa pelada, com direito a alegria e improviso? E que receba muito bem para isso, pois está colocando no mapa Angola e a equipe do Kabuscorp.
Obviamente não é só diversão. O Mogi Mirim está com um olheiro além mar.
Em campo, não deverá encontrar facilidades.
Rivaldo terá que correr muito, ou apresentar a técnica de seus melhores momentos a fim de compensar o vigor africano.
Suspeito que seja esta sua maior motivação aos 39 anos de idade.
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