De fato, muitas estrelas chamaram a atenção neste torneio, como Falcão, Toninho Cerezo, Casagrande...
Outras tantas promessas não se cumpriram no ambiente profissional. Mas a grande maioria, desde o final da primeira metade da década de 90, não passou pelo olhar da geral das arquibancadas brasileiras.
Quando o país recuperava a auto-estima em Copas com a vitória de 94, tomava corpo o que se convencionou classificar de profissionalização do futebol, com a implementação e os ajustes da lei Pelé, fortalecendo a figura dos agentes de jogadores.
Juntou-se a este caldo de cultura interno a internacionalização das equipes europeias, a fim de criar sob o escudo de uma agremiação uma seleção multinacional, como fizeram os mais ricos clubes italianos, ingleses, espanhois e, em menor grau, alemães e franceses.
Por isso os brasileiros não puderam ver de perto a fase áurea de Deco, por exemplo , destaque da copinha de 1996 jogando pela equipe paulistana do Nacional. O time foi montado por uma agência de jogadores, a Euroexport, com o objetivo de curto prazo na exportação de atletas.
Deco, nascido em São Bernardo , realizou o desejo de jogar pelo profissional do Corínthians por acaso, em 1997.
Junto de outros jogadores do staff da empresa, ele treinava na equipe júnior enquanto aguardava o desenvolvimento de contatos com clubes nacionais e estrangeiros.
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Felipão fez de Deco ídolo... |
Quando lhe faltou um meia, tempos depois, se lembrou do garoto e o convocou para uma partida.
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...e destaque da seleção portuguesa |
Assim a Euroexport conseguiu levá-lo para clubes portugueses menores e, enfim, se destacar no Porto, alcançando a seleção portuguesa.
Aos 34 anos atuando pelo Fluminense, fez fama, sucesso e dinheiro. O sonho realizou o negociante que o transferiu para a Europa.
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No Barcelona, o auge |
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