A primeira tiragem de A Privataria Tucana, 20 mil exemplares, já foi arrematada pelas livrarias. Apostando no escândalo envolvendo o PSDB durante a ocupação do poder em Brasília, o dono da Geração Editorial, Luiz Fernando Emediato, está atento apenas a uma possível reação judicial para aumentar a produção. "Se a justiça não proibir, vamos imprimir mais".
Após 12 anos de investigação, o jornalista Amaury Ribeiro Jr.denuncia um esquema de propinas e lavagem de dinheiro durante a privatização ocorrida nos anos 90 pelo governo Fernando Henrique Cardoso. O principal acusado é o ex-governador paulista José Serra, ministro da Saúde no governo tucano.
Segundo o livro, Serra seria o chefe de um esquema que teria manipulado leilões das estatais e usado empresas offshore nas Ilhas Cayman, além de doleiros, para exportar propinas empregadas depois em uma rede de espionagem instalada nas dependências do ministério, comandada pelo ex-deputado do PSDB do Rio de Janeiro e delegado da Polícia Federal Marcelo Itagiba.
Ribeiro Jr. afirma que foram os arapongas de Serra, via empresa Fence, instalada também no governo estadual durante seu mandato, os responsáveis por dossiês que dinamitaram a candidatura de Roseana Sarney á presidência em 2006 e ameaçaram o ex-governador mineiro Aécio Neves na disputa interna em 2010.
O autor esteve no centro da maior crise da campanha eleitoral de Dilma Roussef, a de que havia um grupo de espionagem montado para monitorar os passos do adversário Serra dentro do comitê central da petista.
Amaury afirma que foi vítima de um golpe de contra-espionagem do tucano.
A revista Veja teria tentado a publicação de trechos do livro com exclusividade neste fim de semana, mas por suas ligações e apoio aos tucanos, a revista do grupo Abril foi "furada" pela Carta Capital.
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