Jogo amistoso

As brigas da Copa 2014 nem Pelé pode parar

A expressão acanhada era habitual, mas seu significado, leve timidez, tombou para o constrangimento. A Ronaldo, representante do Comitê Organizador Local da Copa, não coube mais que declarar crença em um grande evento no Brasil no fim do encontro entre o presidente da FIFA, Joseph Blatter, e a presidenta Dilma.
Cercado pelos governistas, o dirigente suíço se disse satisfeito com a garantia de que as bebidas alcoólicas nos estádios serão permitidas durante a Copa.
Nenhuma afirmação neste sentido foi oficialmente anunciada por qualquer membro da oposição.
A bem da verdade, nem mesmo por parte da banda rebelada da base governista. Esta fatia é que levou ao adiamento a votação da Lei Geral da Copa, bem como a do Código Florestal.
A garantia da aprovação da PL 2330/11 como interessa à FIFA feita por Dilma, o ministro Aldo Rebelo, dos Esportes, e deputados Marco Maia (PT/RS), presidente da Câmara, e Arlindo Chinaglia (PT/SP), líder do governo, não elimina o risco de embate duro no parlamento. Porém, impede neste momento o contato direto da entidade detentora dos direitos do evento com os representantes dos estados-sede.
Se a aprovação é certa, não se asseguraram no encontro a aceleração das obras nem a recuperação do legado prometido. Assim, a conotação imediata é de comemoração da queda de Ricardo Teixeira. 
Com Pelé “à côté” todo o tempo, Sepp Blatter tratou logo de sair de cena. Pela pressa, Jérôme Valcke não dará as caras por aqui logo.
Ah, sim, o presidente da CBF, José Maria Marin, não participou do encontro. Precisou viajar à Argentina. Segundo a agenda oficial de Blatter, já pode voltar.

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