O melhor e mais traiçoeiro da Libertadores


É quase inexplicável a atuação do Fluminense contra o Zamora, venezuelano que entra na Libertadores para fazer número. Vencer por 1X 0 com gol de falta de Rafael Sobis em tiro desviado pela barreira garantiu o melhor aproveitamento, mas não seria exagero dizer que foi injusto.
Travado em duas linhas a partir da pequena área, entupindo o meio de campo e apostando no óbvio contra-ataque de lançamentos longos, o Zamora só não venceu por falta de qualidade.
A equipe carioca encontrou dificuldades para sair do próprio campo. As poucas oportunidades surgiram pelos flancos, em jogadas que casualmente partiram dali.
Thiago Neves não rendeu o que dele se espera. Deco, cercado todo o tempo, não tinha com quem tocar. Os companheiros mal se deslocavam. Mas ele também peca por chamar pouco o jogo para si.
Contra a retranca, a escola carioca era exemplo de como fazer a bola rodar. Esta característica está se perdendo, e o Fluminense é o mais adequado no resgate do toque que volta à moda no futebol mundial.
No entanto, não se faz isso apenas com talento. É preciso liderança no meio.
O técnico Abel faz tudo certo, tem o time na mão, mas dentro do campo não há quem cobre dos companheiros as instruções do vestiário.
Irregular, agora também abaixo da crítica, o elenco despropositadamente mantém a faca no pescoço do treinador. 

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