Estamos com o Corínthians no Mundial de Clubes, que fique
claro. Mas claridade demais cega. No
embate entre as escolas africana e brasileira, aquela tem sido bem mais
brasileira que esta.
E não se espera algo no desenho do jogo além de muita
agressão tática e técnica da equipe egípcia, contra uma defesa vigorosa pronta
para o contra-ataque em reflexo condicionado. Os dois times sabem muito bem o
que fazer com ou sem a bola nos pés. Em ambos os lados, os jogadores se
conhecem de longo tempo.
Se algo pode
desequilibrar a partida, é a experiência.
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Tite tem por que se encolher |
Pensando por aí, não, o timão não é favorito. Tite não se esquiva da responsabilidade com falsa modéstia.
Sob neve tênue e temperatura em torno de - 2ºC o Al Ahly estreou no torneio em 11 de dezembro
de 2005, em Tóquio. Perdeu
para o árabe Al Ittihad por 1 X 0.
Disputou ainda as edições de 2006 ( terceiro lugar) e 2008 ( sexto).
A depender deste detalhe, as pernas dos corintianos estarão
mais pesadas que as dos adversários.
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Port Said em 1º de fevereiro |
Há entre os atletas comandados por Hossam Al Badri uma
motivação extra: a tragédia de Port Said.
A invasão de campo de torcedores no jogo entre Al Ahly e Al Masry terminou com 72 mortos e a suspensão
do campeonato nacional.
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Aboutrika e as braçadeiras |
Em fevereiro, quando ocorreu a tragédia, duas de suas maiores estrelas anunciaram a disposição de abandonar o esporte, incluindo Aboutrika, autor
do gol que definiu o resultado contra o Sanfrecce Hiroshima.
A homenagem às vítimas, a braçadeira negra, é o contraponto
ao barulho que o bando de loucos promete nas cadeiras.
Que sirva também para iluminar os mal acostumados com estádios
sem alambrados.
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