O grande polegar


Bernard é mais um daqueles pontos de inflexão nos preconceitos do futebol. Não bastasse o pequenino Messi, o quase polegar mineiro, 1,63m, se destaca na equipe atuando por entre zagueiros, sempre à frente deles, mais rápido e fatal.

Se futebol evoluiu para a força  e a ocupação de espaços, quem sabe jogar  continua em campo para fazê-la correr, e manejá-la o mínimo necessário, com objetividade.

O grande polegar
E lá estava Bernard em Sarandi, debutando em confrontos internacionais com a promissão já apresentada no campeonato brasileiro.

Três gols em uma partida, seja com que adversário for, não é pouca coisa, mas destacar o feito é reduzir a atuação do jogador, absolutamente seguro e eficiente na atuação com o grupo formado pelo técnico Cuca. O time joga à semelhança do meia, com toques rápidos, surpreendentes, envolvendo os oponentes com deslocamentos improváveis no período em que impera a preocupação tática de ocupar espaços e abafar o condutor da bola.

Bernard é a extensão da eficiência de Ronaldinho Gaúcho nos lançamentos e é estendido pela onipresença de Jô; completa os dois servindo com precisão dentro da grande área.

O conjunto encorpado pelo sistema defensivo coeso e ostensivo hoje só tem no Corínthians e no Fluminense igual integração. É a equipe que Grêmio e São Paulo se esforçam para ser e foi o Santos até a derrocada ante o Barcelona.

A superioridade do Galo para se tornar absoluta exige maior precisão nos passes. Para a Libertadores,  falta corrigir uma certa displicência quando a partida parece definida. Neste torneio, é comum a derrota vir quando a vitória parece certa.

Não é hábito um grupo se abater como o Arsenal quando tomou a virada, ainda mais quando se trata de argentinos.

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