
A revista Istoé Dinheiro em abril estimou que o montante atual chegue a R$ 750 milhões. Nesta soma incluem-se FGTS, INSS e imposto de renda, além de tributos e taxas estaduais e municipais.
Se valesse para os times a mesma legislação que impede empresas em dívidas com o fisco de vender produtos ou serviços ao governo, o clube carioca não teria direito a um tostão.
De olho na camisa de uma das maiores torcidas do Brasil, o banco estatal dá um tiro no pé patrocinando um projeto arquitetado por profissionais do mercado financeiro que arrasa com o esporte olímpico, até agora prioridade do marketing da Caixa.
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Cartolagem com a Caixa Fonte:Alexandre Vidal -Fla Imagem |
A reestruturação do Flamengo, embora vestida de
profissionalismo privado, pode contar ainda com outra mãozinha generosa do poder
público. O governo estuda anistiar 90% da dívida dos clubes, estimada em cerca
de R$ 3 bilhões, em troca de programas de desenvolvimento de jovens atletas em
modalidades olímpicas. A possibilidade dos clubes atenderem às crianças que não
contam sequer com piscinas ou quadras nas escolas é tão irreal quanto acreditar
que a Timemania acabaria com os calotes.
A modalidade lotérica criada pelo governo federal em 2006
destina 22% da arrecadação aos clubes para pagamentos das pendências com a
União. Desde então a dívida apenas cresceu, apesar da disparada nos valores de
direito de transmissão, principal fonte de arrecadação dos clubes.
A anistia, defendida pelo ministro do Esporte Aldo Rebelo, deve ser anunciada após a Copa das Confederações.
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