Repetiria assim a composição do primeiro mandato. Na
prática, a probabilidade de mudanças no rumo da gestão é quase nula.
O indício apareceu logo ali ao lado, na Holanda, na semana
passada.
O rei Willem-Alexander lascou sem piedade para com os súditos no
parlamento que o Estado do bem-estar social acabou. Fechou com o governo de
fato. Os liberais comandados pelo
primeiro-ministro Mark Rutte, aliados aos social-democratas, avessos em
palavras aos cortes sociais, planejam reduzir o déficit público com um pacote
de cortes em torno de 6 bilhões de euros, com previsão de aumento da taxa de
desemprego e redução do poder de compra da população.
O rei, com cerca de 70% de apoio popular, se fez porta-voz
do que o parlamento chama de sociedade participativa. Em outras palavras, ele
diz que, daqui para diante, é cada um por si.
A imprensa local divulgou uma pesquisa em que 80% dos
holandeses desaprovam o governo.
Na visão do líder do cristianismo, a União Democrática –
Cristã, legenda conservadora de Merkel, e os social-democratas caíram em
tentação.
Durante a missa proferida na Casa de Santa Marta, na semana
passada, Papa Francisco foi didático:
“O dinheiro também faz adoecer o pensamento e a fé e
faz-nos ir por outros caminhos.”
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