A presidente reafirmou na ONU a indignação do país com a
espionagem americana. Reafirmou, aí é que está a derrapada. O mundo foi, cada
país a seu modo, solidário com a manifestação explicitada na Rússia, no início
do mês. Os brasileiros ficamos a seu lado. O trabalho já estava feito. Repisar
sob o mesmo ângulo o assunto numa tentativa clara de jogar para público interno
foi inócuo.
Tivesse incluído o tema na abordagem da crise da Síria,
criticando a postura norte-americana de diminuição da atuação da ONU, teria
participação mais relevante na reunião.
O discurso arrebatou os corações da claque habitual, não
arrebanhou as mentes necessárias para apoiar o Brasil como membro no Conselho
de Segurança mundial. Foi pueril.
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