Melancolia


 

Experimentei aquele sentimento novo que bate quando a gente acha não existir mais novidades emocionais para provar.  Sei lá por onde entrou, foi de repente, uma melancolia brotou no sentido inverso, para dentro, mas entristece do mesmo jeito.

Um jogo de futebol. A  vitória veio como eu queria, do jeito que fosse, uma vez que a razão apontava para o contrário.

 O Chile tremeu, sim, temeu o Brasil no primeiro tempo.  O gol me deixou gostosamente enganado.

- Vai, é pra golear agora.

Mas a seleção é ruim de há muito, não joga, é desorganizada, não tem técnica, não mostrou tática, é vazia, varzeana em estratégia.

Nunca vi uma seleção brasileira tão ruim, nunca, nem em filme velho. O pior fora um bom time sem inspiração, travado por disciplina tática imposta, em 94. Nunca, nunca vi time tão ruim. Parece um grupo amador sem treino, é muito ruim.

O Chile é um dos melhores sul-americanos, fez Copa melhor que a Argentina. Tremeu, se controlou, se ajustou e acertou.  Sampaoli mexeu, dominou e não venceu porque a equipe tremeu de novo na prorrogação. Nos piores momentos foi melhor que o Brasil. Felipão trocou e gritou, mas nada aconteceu.  Um pênalti mal batido e duas boas defesas de Júlio César foi o que sobrou para comemorar.

A tarde cai com a convicção de que a seleção brasileira adiou a queda para a próxima fase. A melancolia que me tomou, no entanto, é pela saída do Chile.

 

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