O eleito dependerá da lisura e do
comprometimento de deputados e senadores. É óbvio que a maioria dos candidatos ao Poder Legislativo não
preenche os requisitos, como também é a existência de exceções. Mas, onde
estão?
"Tudo o que está aí"
O horário eleitoral foi como uma escola de samba em desfile. Da
arquibancada, o público só enxerga os famosos, ali exatamente para chamar a
atenção apenas por sua imagem. As estrelas dos partidos, os puxadores de votos,
são a priori os incumbidos de manter “tudo o que está aí”, aquilo que a
sociedade decidiu repudiar. Há candidatos que até ganham para executar o papel.
A escolha de uma personalidade como protesto não produz efeito, está óbvio. Ser ou ter sido uma eminência artística ou esportiva não
descredencia ninguém, mas também não credencia, óbvio. O mesmo vale para os políticos
de carreira. Os que podem alterar o estado roto do poder legislativo, com raríssimas
exceções, não são destaques do programa eleitoral. Seleção natural
Dividamos os candidatos entre contra e favoráveis ao governo
atual e descartemos o lado que não esteja de acordo com nossa convicção. Se o
candidato não for claro quanto a isso, não merece consideração, muito menos,
voto. O risco de chantagens e propinas, assim, tende a diminuir no Congresso.
Eliminemos do grupo escolhido os nomes principais, a menos
que um deles seja notoriamente um parlamentar sério. Até aqui, ao menos dois
terços dos candidatos já foram para o lixo.
Entre os “desconhecidos”, a maioria
dos que concorrem por partidos nanicos está lá só para atender as quotas exigidas
pelas leis eleitorais, salvo algumas agremiações de esquerda, nicho de
representantes de organizações sindicais, e de direita, abrigo de militantes do
período autoritário e líderes religiosos. Se a opção é radicalizar, o processo de escolha está quase no fim. Se não, reduzimos os candidatos a cerca de 10% dos nomes postos.
Ficha corrida
Para
político em mandato, vejamos se tem ficha suja ou se envolveu em alguma
maracutaia. Havendo ao menos denúncia, descartemo-lo, não sejamos tolerantes.
Trocas constantes de partido atendem aos interesses
próprios, não nos iludamos.
Dos que restaram, procuremos
um mais próximo de nossa região e/ ou campo de atuação ou interesse. Uma busca
na internet responderá sobre sua conduta pública. Não nos esqueçamos, sem tolerância. Uns poucos nomes chegam a este estágio.
Escolhamos um aleatoriamente e verifiquemos de novo no buscador se está nas redes sociais ou tem algum site ou blog. Caso não tenha o que dizer, não será bom parlamentar. Caso diga genericamente que resolverá os problemas ou lutará por melhorias seja no transporte, saúde, educação, etc... , ou não conhece sobre as funções do cargo, ou quer ludibriar o eleitor por falta de propostas.
Confirma
O mais provável é que a lista de candidatos a deputados
federal e estadual contenha então não mais que 5 nomes. A probabilidade de que
encontremos alguém que defenda o Presidente eleito ou faça oposição com melhor
qualidade que a atual é maior. Sem a expectativa de um bom representante, anulemos
o voto sem constrangimento.
É hora de ser óbvio. Não, tolerante.
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