Feia

Comemorar com alívio a permanência na série A do Campeonato Brasileiro já está se tornando comum. Natural, porém, não é. A temporada pífia do Palmeiras foi vergonhosa e não deixa uma gota de esperança para o ano que vem.

 Na perspectiva mais otimista, a marca grande e representativa do clube pode angariar patrocínios suficientes para reformular o elenco inteiro.

 O outrora alviverde imponente é bom time de segunda divisão e não há por aí jogadores de qualidade em quantidade suficiente para em curto prazo formar uma equipe forte de primeira divisão. 
O clube paulista é o exemplo perfeito de quão feia anda a situação do nosso futebol.

Manezinhos


Infelizmente, não é o único. Santa Catarina terá o maior número de representantes na série A do Brasileirão 2015, quatro. 

 O Criciúma, maior saco de pancadas da temporada – sete vitórias e 20 derrotas em 38 jogos - cai depois de dois anos capengas.

 Não fosse isso seriam cinco equipes na elite.

Os amigos e torcedores viventes ou nascidos em Santa Catarina me perdoem, hão de compreender. 

O estado vem se esforçando na administração do futebol, mas se tornar a maior referência nacional diz mais sobre a decadência atual do que sobre o crescimento da região.

Melhor do estado na classificação final, o Figueirense ficou em décimo terceiro lugar perdendo 17 e vencendo 13 jogos. Manteve-se na zona morta e desnecessária. 

Duas posições abaixo, o Chapecoense, 11 vitórias e 17 derrotas, tirou o sossego de adversários francamente favoritos em alguns confrontos. No entanto, sem tirar todo o proveito desses resultados, por não bater os medianos e fracos da tabela. 

A esta altura é possível que alguém acredite em má vontade para com os manezinhos. Nada disso.

 O blog tem defendido uma série mais enxuta, capaz de centralizar ações que elevem o nível do futebol. 

Vasco


  Dos quatro que sobem nesta temporada – Joinville, Ponte Preta, Vasco e Avaí - vejamos o mais tradicional. 

  Qual a possibilidade do Vasco, terceiro colado da série B, fazer uma campanha digna na elite por vias naturais?

 O time precisa de muitos, bons e caros reforços. 
Atolado em dívidas, necessita de um pote de ouro patrocinador, privado ou estatal, ou seguir aplicando os calotes marcantes do cartola que agora volta à presidência, estratégia responsável pela derrocada cruzmaltina nos últimos anos e também do Botafogo agora.

Uma série B bem feita pode percentualmente ser mais vantajosa que rastejar pela série A.

 Injustiça



A Ponte Preta, surrada em 2013, volta com apelo de captação de recursos menor que o Vasco. 

O Avaí, ainda menos.

 Joinville também não, mas, como campeão, tem lugar na elite pelo melhor desempenho, justo. Que tenha melhor sorte que o campeão do ano passado, o Palmeiras.

Injustiça é um campeonato inchado de times medianos, prejudicados por excesso de jogos que de nada servem para recuperar o futebol brasileiro.  E um estado bonito como Santa Catarina simbolizar uma situação tão feia. 

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