O primeiro jogo da série A da Copa da Rússia não decepcionou. A começar pelo resultado, 3 X 3.
A Espanha encanta com a leveza da equipe e a maestria de Iniesta. Vê-lo jogar vale o ingresso a qualquer preço.
Ao contrário do que parte dos analistas acreditava, Douglas Costa completou o que parecia não faltar à Fúria. O atacante enfiado entre os zagueiros criou ainda mais possibilidades para a linha de frente flutuante da seleção.
Na função básica da posição, não faltou. Marcou dois. Da entrada da área, com espaço, Nacho teria levado à vitória se do outro lado não estivesse o melhor jogador do mundo.
A seleção de Portugal é medíocre. Tem o mérito da disciplina na marcação em sua área ou no pressing, mas é lenta e pouco habilidosa. A escalação inicial da equipe indicava o temor do técnico Fernando Santos. Reforçada no meio, teve êxito na intenção de dificultar a troca de passes e a armação. Os contra-ataques planejados existiram, mas faltou um atacante para trocar passes com Cristiano Ronaldo.
Depois de marcar o primeiro em pênalti cavado na entrada da área, serviu Gonçalo em rápido contragolpe, o que poderia ter definido a vitória.
Ao encaixar no ângulo a falta recebida na entrada área, dobrou para seis o número de gols marcados em Copas do Mundo. Nesta, a quarta consecutiva, repete feito exclusivo de Pelé e dos atacantes alemães Uwe Seeler e Miroslav Klose. Aos 33 anos e meio de idade, CR7 ainda mostra evolução assombrosa.
Permanecendo a lógica, as duas equipes da península ibérica devem se classificar e enfrentarão os dois primeiros colocados do grupo A, seleções de nível B na Copa.
Série B
A diferença entre o jogo de abertura da Copa e a maioria dor disputados pelo Campeonato Brasileiro foi apenas o placar. A Rússia não surpreendeu ao apresentar o modelo que deve predominar nesta edição do torneio, a linha de no mínimo nove atrás da bola.
O inesperado surgiu no estiramento sofrido pelo meia Dzagoev. O técnico Stanislav Cherchesov pôs em campo Cheryshev, que nos brindou com gols bonitos. A Arábia Saudita tem apresentado evolução decorrente da importação cada vez maior de técnicos e atletas de maior qualidade. Está mais organizada em campo. No entanto, não mais que isso ainda.
Toca, Raul
A estreia do Uruguai contra contra o Egito foi decepcionante. Contra a seleção fraca, sem seu melhor jogador, o atacante Salah, acreditava-se em uma vitória fácil. Ela só veio quase aos 45 minutos do segundo tempo. O goleiro El Shenawy foi o destaque do jogo, mas o volume apresentado pela Celeste não se converteu em placar folgado por causa da má atuação do atacante Raul Suárez. Era dia de participar mais da armação do que dos arremates.
A outra partida do grupo, Irã X Marrocos, foi um jogo aberto de duas equipes sem pretensão.