Argentina e Islândia (1X1) mostraram o que se esperava que
fosse o jogo padrão desta Copa.
A defesa bem fechada em duas linhas
dificultando a vida dos jogadores mais hábeis, apostando em contra-ataques
rápidos bem ensaiados sobre as falhas possíveis dos adversários bem estudados.
São disputas que podem se tornar chatas, modorrentas e resultarem em zebras.
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Messi, anulado e abaixo do esperado Foto:Fifa.com |
A Islândia não venceu por falta de melhor qualidade técnica
da equipe na última assistência. Pesou contra a Argentina uma apatia aparente
dos jogadores, talvez porque acreditassem que na paciência pudessem achar por
onde chegar ao gol.
Na única oportunidade que Agüero teve de receber a bola
entre os zagueiros e girar, fez. A defesa bem organizada matou o talento de
Messi para driblar, passar ou penetrar com a bola grudada aos pés. A expectativa de que um dos melhores do mundo realizasse o inesperado com a camisa da seleção, mais uma vez, não foi atendida. Não bastasse, perdeu um pênalti.
E o Brasil?
O confronto de abertura do grupo D é uma prévia do que muito
provavelmente será a estreia do Brasil. A suíça tem no DNA a retranca. Porém, tem
sido mais eficiente que a Islândia nos contra-ataques. A zaga brasileira é melhor que a argentina, que deu o rebote para Finnbogason empatar, mas deverá ter mais trabalho.
O amistoso contra a Áustria chamou a atenção pelo excesso de jogadas pela esquerda, com Marcelo,
Coutinho e Neymar. Isto facilita a
retranca. A defesa atenta não permitiu a penetração de Paulinho. A seleção não
buscou o outro lado do campo.
Toques curtos em velocidade, rodando a bola, são
a alternativa para tentar desarticular o muro e criar a chance do duelo mano a
mano, no que os brasileiros são melhores que os suíços.
A tendência natural de buscar o camisa 10 do Brasil, caso se
repita, deve ser quebrada dentro de campo entre os jogadores, com a autoridade
do capitão. Neste sentido, melhor seria a faixa ficar com Willian. Ele tem talento
e maturidade para chamar a atenção do ataque e corrigir o erro. Se não ele, outro que não fosse do trio da esquerda.
Tite decidiu
por um deles, Marcelo.