Jogo padrão Fifa e o capitão do Brasil

Copa 2018 -

Argentina e Islândia (1X1) mostraram o que se esperava que fosse o jogo padrão desta Copa.
 A defesa bem fechada em duas linhas dificultando a vida dos jogadores mais hábeis, apostando em contra-ataques rápidos bem ensaiados sobre as falhas possíveis dos adversários bem estudados. São disputas que podem se tornar chatas, modorrentas e resultarem em zebras.

Messi, anulado e abaixo do esperado          Foto:Fifa.com
A Islândia não venceu por falta de melhor qualidade técnica da equipe na última assistência. Pesou contra a Argentina uma apatia aparente dos jogadores, talvez porque acreditassem que na paciência pudessem achar por onde chegar ao gol. 

Na única oportunidade que Agüero teve de receber a bola entre os zagueiros e girar, fez. A defesa bem organizada matou o talento de Messi para driblar, passar ou penetrar com a bola grudada aos pés. A expectativa de que um dos melhores do mundo realizasse o inesperado com a camisa da seleção, mais uma vez, não foi atendida. Não bastasse, perdeu um pênalti.

E o Brasil? 

 
O confronto de abertura do grupo D é uma prévia do que muito provavelmente será a estreia do Brasil. A suíça tem no DNA a retranca. Porém, tem sido mais eficiente que a Islândia nos contra-ataques. A zaga brasileira é melhor que a argentina, que deu o rebote para Finnbogason empatar, mas deverá ter mais trabalho. 

O amistoso contra a Áustria chamou a atenção pelo excesso de jogadas pela esquerda, com Marcelo, Coutinho e Neymar.  Isto facilita a retranca. A defesa atenta não permitiu a penetração de Paulinho. A seleção não buscou o outro lado do campo.

 Toques curtos em velocidade, rodando a bola, são a alternativa para tentar desarticular o muro e criar a chance do duelo mano a mano, no que os brasileiros são melhores que os suíços.

A tendência natural de buscar o camisa 10 do Brasil, caso se repita, deve ser quebrada dentro de campo entre os jogadores, com a autoridade do capitão. Neste sentido, melhor seria a faixa ficar com Willian. Ele tem talento e maturidade para chamar a atenção do ataque e corrigir o erro. Se não ele, outro que não fosse do trio da esquerda. 
 Tite decidiu por um deles, Marcelo.