A seleção cresce a cada partida. Com a equipe, Neymar. Ele deverá estar 100% na retomada do campeonato francês.
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Neymar: tinindo. No francês. |
Maior referência da equipe, no campo e fora, a partida
contra o México deve ser vista a partir dele.
Autor de um dos dois gols (2 X 0)
que eliminou o rival da Copa, e autor do passe – involuntário - para o de
Firmino, o camisa 10 manteve a disposição de seguir se movimentando mais na
entrada da área adversária, evitando a fácil marcação pela ponta esquerda.
O restante da linha de ataque, o que agora chamam de
jogadores do último terço do campo (ai,ai,ai...) tiveram, então, também a
possibilidade de se deslocarem na tentativa de desorganizar a defesa.
Assim o futebol
de Willian voltou a aparecer. Os chutes de fora da área, uma de suas marcas,
ainda faltam, mas o fundamental para isso, a confiança, estava no rosto. O
Brasil voltou a explorar o fundo direito do campo, também com Fagner.
Fagner
O lateral corintiano não tem a habilidade de Daniel Alves, a
quem substitui após a contusão de Danilo, no ataque, mas apresenta o mesmo
problema: fragiliza o flanco.
A
vulnerabilidade maior da seleção fora sanada pelo acaso. As contusões dos
laterais titulares deram consistência à defesa.
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O avanço do lateral não compensa |
Filipe Luís consegue apoiar o ataque e voltar na perda de
bola, Fagner não. O risco de tomar um contra-ataque rápido como foi no terceiro
gol da Bélgica contra o Japão (3 X 2) não compensa a baixa probabilidade de se
beneficiar com gols no avanço do lateral.
A flutuação de Gabriel Jesus e Philippe
Coutinho, aliada à movimentação de Neymar, permitem triangulação por aquele
lado com mais segurança. O mesmo acontece quando joga Firmino.
Contra equipes que atacam, o futebol do Brasil cresce. Assim
como passou pelas oitavas, sem dificuldades preocupantes, deve ser contra a
Bélgica. As vitórias nublam o problema crônico da seleção.
Neymar jogou para o time até a seleção conseguir a vantagem
no placar. A tranquilidade, apesar de relativa, bastou para que aumentasse as
tentativas individuais. Antes do segundo gol, ele tentou sozinho arrematar na
pequena área em vez de passar a companheiros melhor posicionados. Sua postura
turbina as estatísticas pessoais, em sacrifício do grupo.
Casemiro
A próxima partida não terá Casemiro, suspenso pelo segundo
cartão amarelo. O volante, embora não apareça tanto, é um dos pilares da
equipe.
Fernandinho, substituto lógico imediato, entrou bem no fim do jogo, mas
terá o adversário mais forte desta Copa até aqui no setor do meio de campo.
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Principal peça da defesa não enfrentará Bélgica |
Projetava que o Brasil seria eliminado no confronto de hoje
contra a Suécia ou Alemanha.
Estou em hora extra nesta Copa a partir desta
vitória, mas insisto em projeções: creio que o Brasil fará uma partida bem
melhor que a média geral das oitavas. Seja contra a França, que ainda não
fraquejou em sua posição de favorita, quer seja contra o Uruguai. Esta sim, em
crescimento a olhos vistos na competição, desde que tenha Cavani em campo.
O título é no momento mais palpável. Quiçá Neymar tome rumo. Três mudanças no penteado bastam.