É, quiçá

Copa 2018 -
 A seleção cresce a cada partida. Com a equipe, Neymar. Ele deverá estar 100% na retomada do campeonato francês.


Neymar: tinindo. No francês.
Maior referência da equipe, no campo e fora, a partida contra o México deve ser vista a partir dele. 

Autor de um dos dois gols (2 X 0) que eliminou o rival da Copa, e autor do passe – involuntário -  para o de Firmino, o camisa 10 manteve a disposição de seguir se movimentando mais na entrada da área adversária, evitando a fácil marcação pela ponta esquerda.

O restante da linha de ataque, o que agora chamam de jogadores do último terço do campo (ai,ai,ai...) tiveram, então, também a possibilidade de se deslocarem na tentativa de desorganizar a defesa. 

Assim o futebol de Willian voltou a aparecer. Os chutes de fora da área, uma de suas marcas, ainda faltam, mas o fundamental para isso, a confiança, estava no rosto. O Brasil voltou a explorar o fundo direito do campo, também com Fagner.

Fagner

O lateral corintiano não tem a habilidade de Daniel Alves, a quem substitui após a contusão de Danilo, no ataque, mas apresenta o mesmo problema: fragiliza o flanco. 

 A vulnerabilidade maior da seleção fora sanada pelo acaso. As contusões dos laterais titulares deram consistência à defesa.
O avanço do lateral não compensa
Filipe Luís consegue apoiar o ataque e voltar na perda de bola, Fagner não. O risco de tomar um contra-ataque rápido como foi no terceiro gol da Bélgica contra o Japão (3 X 2) não compensa a baixa probabilidade de se beneficiar com gols no avanço do lateral. 

 A flutuação de Gabriel Jesus e Philippe Coutinho, aliada à movimentação de Neymar, permitem triangulação por aquele lado com mais segurança. O mesmo acontece quando joga Firmino.


Contra equipes que atacam, o futebol do Brasil cresce. Assim como passou pelas oitavas, sem dificuldades preocupantes, deve ser contra a Bélgica. As vitórias nublam o problema crônico da seleção.

Neymar jogou para o time até a seleção conseguir a vantagem no placar. A tranquilidade, apesar de relativa, bastou para que aumentasse as tentativas individuais. Antes do segundo gol, ele tentou sozinho arrematar na pequena área em vez de passar a companheiros melhor posicionados. Sua postura turbina as estatísticas pessoais, em sacrifício do grupo.

Casemiro


A próxima partida não terá Casemiro, suspenso pelo segundo cartão amarelo. O volante, embora não apareça tanto, é um dos pilares da equipe. 

Fernandinho, substituto lógico imediato, entrou bem no fim do jogo, mas terá o adversário mais forte desta Copa até aqui no setor do meio de campo.

Principal peça da defesa não enfrentará Bélgica
Projetava que o Brasil seria eliminado no confronto de hoje contra a Suécia ou Alemanha.
 Estou em hora extra nesta Copa a partir desta vitória, mas insisto em projeções: creio que o Brasil fará uma partida bem melhor que a média geral das oitavas. Seja contra a França, que ainda não fraquejou em sua posição de favorita, quer seja contra o Uruguai. Esta sim, em crescimento a olhos vistos na competição, desde que tenha Cavani em campo.  


O título é no momento mais palpável. Quiçá Neymar tome rumo. Três mudanças no penteado bastam.