A vitória da Inglaterra sobre a Alemanha na Euro 2020 marca a mudança de gerações e a supremacia da nova genética anglo-germânica.
Um jogo entre Alemanha e Inglaterra nunca é só futebol. São
dois povos às turras desde sempre, cujo confronto no futebol tornou-se o
simulacro da Segunda Guerra.
As torcidas se provocam com palavras de ordem da época dos
ataques nazistas, os ingleses tripudiam sobre o abate das aeronaves alemãs
durante bombardeios a Londres. O confronto até pouco tempo atrás muito violento já foi tema aqui no blog.
Diferentemente da história, em campo, há mais de 50 anos a Alemanha vencia os jogos de torneios importantes.
Por ironia, a virada desta guerra simulada veio com um
preto.
O jamaicano Sterling abriu o placar no jogo definido no
tempo normal por 2 a 0. O atacante ainda esteve posicionado para marcar o
segundo, caso Kane, à sua frente no lançamento vindo da esquerda, não alcançasse
a bola
A seleção campeã de 2014 vinha dando sinais de esgotamento. A despedida desta Eurocopa indica o encerramento de uma geração quem mudou o esporte na era Padrão Fifa. O técnico Joachim Löw cede o lugar para Hansi Flick.
O novo treinador não terá muito tempo para trabalhar com o time. Assume no meio
das eliminatórias para a Copa no Qatar, no ano que vem. Por isso, não deverá
promover alterações significativas nas convocações.
Na mesma partida viu-se o nascimento da nova seleção alemã,
por outra ironia, também com maior número dos outrora desprezados pretos, como Rüdiger,
Sané e Gnabry.
Com eles, a esquadra germânica se junta às da França, Bélgica, duas das forças atuais com ao menos 3 negros no elenco, candidatos a títulos individuais de expressão, como Lukaku, Kanté, Pogba e Mbappé.
texto: Lívio Lamarca
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