Em guinada mais radical desde a compra do jornal, o empresário determinou a radicalização da linha editorial do Washington Post em defesa da "liberdade individual e do livre mercado".
O anúncio foi do próprio dono do jornal, o techbilionário Jeff Bezos. O criador da Amazon afirmou que as opiniões contrárias à defesa irrestrita desta linha serão ignoradas, “deixadas para publicação por outros”.
Em postagem no X, ele disse que ofereceu a Shipley a oportunidade de liderar esta nova fase, com a condição de que (vai aqui a tradução livre) “se não fosse um sim pra cacete (hell yes), só poderia ser não”. E Shipley foi-se.
O episódio é o terceiro decorrente do retorno de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos.
Ainda na reta final da campanha eleitoral, Bezos impediu o jornal de publicar apoio à adversária democrata Kamala Harris.
Pouco antes da posse, a cartunista premiada do WP, Ann Telnaes, se demitiu ao ter censurada a charge em que mostrava Bezos entre poderosos das big techs e mídia se curvando aos pés do governante reeleito. Shipley, neste episódio, defendeu a censura.
Pois é.
Como diz o slogan do Washington Post, " A Democracia Morre na Escuridão".
* Ilustração: Lívio Lamarca, com IA
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