O presidente dos Estados Unidos afirmou que as tarifas de importação da China, Canadá e México valem a partir desta terça-feira (4/3).
A taxação de 25% sobre os produtos do México e do Canadá estavam suspensos enquanto os EUA pressionavam os parceiros a combaterem o tráfico da droga ilegal fentanil. A justificativa agora é que não houve resultado relevante e não há mais o que negociar. Os governos dos dois países declararam que estão se preparando para a nova condição.
A alíquota de importação da China foi dobrada de 10% para 20% também a partir de amanhã. O governo chinês, no entanto, se manteve em silêncio. Analistas creem que a China ainda tenta avaliar as intenções dos EUA. Trump tem feito ameaças como meio de ganhar vantagem em negociações.
Anúncios de Trump derrubam bolsas americanas
O mercado de capitais norte-americano fechou em baixa, de acordo com especialistas, em reação aos anúncios disparados do Salão Oval. O principal índice de ações de Wall Street, o Dow Jones, fechou o dia em 1,48% negativo. O Nasdaq, índice das empresas de tecnologia, caiu a 2,64%.
Economistas de várias tendências prenunciam aumento da inflação decorrente do fechamento da fronteira a produtos estrangeiros, levando a aumento dos juros.
O anúncio não se restringiu a eletrônicos e produtos industrializados.
EUA devem taxar produtos agrícolas a partir de abril
Trump sugeriu a produtores agrícolas americanos se prepararem para ocupar mais espaço no mercado interno. Afirmou que a partir de abril vai taxar também as importações de alimentos e aplicar tarifas recíprocas aos países que taxam produtos estadunidenses.
O Brasil deve ser um dos países mais prejudicados caso a medida se concretize. Mas não só por sobretaxa.
Trump elogiou o presidente Javier Milei, da Argentina, acenando com possibilidade atropelas o Mercosul com negociações bilaterais.
Milei deu sinais de disposição em avançar nas relações comerciais diretamente com os EUA.
* Ilustração: reprodução site ADVFN
Texto: Lívio Lamarca
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