Ex-substituto da Secretaria de Estado, Angelo Becciu perdeu direitos do cardinalato após condenação por fraude, mas mantém o título e argumenta que pode votar na escolha do próximo papa
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| Cardeal Becciu (Wikipedia) |
O cardeal Angelo Becciu, que já foi um dos homens mais poderosos do Vaticano, teve uma queda vertiginosa em setembro de 2020, quando o Papa Francisco o destituiu dos direitos do cardinalato. Em julho de 2021, tornou-se o primeiro cardeal na história moderna a enfrentar um julgamento no tribunal do Vaticano, marcando um precedente na luta contra a corrupção na Igreja Católica.
CONDENAÇÃO E ESCÂNDALOS FINANCEIROS
O desfecho do processo veio em dezembro de 2023, quando Becciu foi condenado a 5 anos e 6 meses de prisão, além de multa de 8.000 euros (cerca de R$51.741,01). As acusações que levaram à sua condenação incluem o desvio de 350 mil euros (R$ 2,26 milhões) para uma cooperativa administrada por seu irmão na Sardenha - sendo 125 mil euros da Conferência Episcopal Italiana e 225 mil da Secretaria de Estado.
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O cardeal também foi considerado culpado em um esquema fraudulento envolvendo um investimento de 200 milhões de euros em um empreendimento imobiliário em Londres, que resultou em grandes prejuízos para o Vaticano.
Mesmo após a condenação, Becciu mantém sua declaração de inocência, e seus advogados já anunciaram que recorreriam da decisão. O cardeal argumenta que, como o Papa Francisco não cassou seu cardinalato, mantendo apenas a suspensão de seus direitos, ele ainda poderia participar do próximo conclave. A questão está sendo examinada pela Congregação Geral dos Cardeais, que deverá decidir sobre sua elegibilidade para votar na escolha do próximo papa.
( Com informações da Vatican News e press.vatican.va)
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