Oposição protocola CPI e pede cabeça de ministro

 Líder do partido de Bolsonaro defende demissão de Carlos Lupi para agilizar investigações 

 

Sede do INSS DF (Rafa Neddermeyer/Ag. Brasil)

Deputados de oposição protocolaram, nesta quarta-feira (30/4), o requerimento de criação da comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar os sindicatos envolvidos na fraude do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com desvio de R$ 6,3 bilhões por meio de descontos não autorizados dos beneficiários, entre 2019 e 2024.

Para o autor do pedido da CPI, deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), a investigação não pode acontecer com Carlos Lupi continuando à frente do Ministério da Previdência Social. "Não dá para uma CPI investigar casos, muito deles políticos, com ministro fazendo seus acordos contra as investigações", afirmou.

O requerimento de criação da CPI foi entregue com 185 assinaturas de deputados de 14 partidos (desde Solidariedade e Cidadania até PL e Novo).

O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), informou que o mínimo que o governo deve fazer é afastar o ministro para que as investigações prossigam. "Não é possível que não se tenha uma decisão enérgica do governo. É prova que é um governo analógico, lento", declarou.

A oposição pavimentou o caminho do sangramento do governo Lula. Da declinação ao convite para o ministério à CPI, importa criar espuma para manter unida a direita orbital de Jair Bolsonaro, fora de combate legalmente, mas com poder de mover o pêndulo dos corações de parte considerável do eleitorado.

O governo havia tomado a frente no assunto, mas as investigações, cujos detalhes vão surgindo a conta-gotas, lançam suspeitas sobre Lupi e seu apadrinhado, mesmo que não haja ainda o indelével "batom na cueca". Se existe, e não foi ainda revelado, a PF presta um grande serviço à oposição. Se não existe, também.

Leia a análise deste movimento da oposição em Ponto Incomum

 (Com informações da Agência  Câmara de Notícias)

Postar um comentário

0 Comentários