Lição histórica

Mesmo fora de sua melhor condição Kaká pode, em apenas um lance, definir o jogo. De fato, ainda mais em se tratando do nível equilibrado entre as seleções até aqui.
Porém, se não produzir este único lance, a seleção pode perder uma partida. Já vimos isto antes. Duas vezes. Com o mesmo fenômeno.
Em 98 Ronaldo foi escalado naquela final apesar da convulsão. Segundo declarou Zagallo, porque o atleta dizia estar recuperado. Mas a cada choque, a cada queda, o resto do time parava, apreensivo, declararam seus próprios companheiros de equipe depois.
O mesmo se deu na derrocada de 2006. Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho estavam fora de forma, mas, “em um lance”, segundo Parreira, “eles poderiam decidir a partida”. Não decidiram e fomos desclassificados.
A seleção não apresentou nenhuma alternativa tática ainda. Tomara que os treinos secretos tenham servido para isto. Discípulo fervoroso do técnico que o levou a erguer a taça em 94, Dunga não mostrou preocupação em reduzir a margem desta possibilidade negativa voltar a acontecer. Ele viveu esta história, não deveria se condenar a repeti-la.
Basta se lembrar de que a substituição de Raí por Mazinho foi capital para a conquista do tetra.

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