Pela equipe, contra a nação

Admitamos: É invejável a vontade de vencer de Fernando Alonso. Faz qualquer coisa pela vitória. Não se sabe até agora de nada ilícito que tenha feito. Mas já obrigou a Renault causar um acidente para lhe garantir a vitória,esculhambou a McLaren quando foi preterido por Hamilton, cortou o compenheiro na entrada dos boxes, reclamou com a direção da equipe para conseguir ultrapassagem. Aliás, foi a segunda vez que subjugou um piloto brasileiro. Nelsinho Piquet reagiu, mas depois de se sujeitar a rodar na curva em Cingapura, em 2008.
Fair play, Fernando Alonso não tem. Mas, gana, sobra. Explosivo na condução de seus objetivos, encarna o estereótipo do espanhol. Alimenta a autoestima de seus compatriotas, contribuindo em muito para fazer daquela coletânea de separatistas uma nação.É a versão sangue quente de Schumacher quando em sua melhor forma.
Independentemente do número de títulos que vier a conquistar na carreira, estará ao lado da fina flor da fórmula 1, como o alemão e os outros que mais proximamente o antecederam: Alain Prost e Ayrton Senna. Eles foram além da exclência. Foram competitivos como significa o termo no mundo da FIA.
Felipe Massa está, sem dúvida, entre os melhores pilotos de sua geração. Garantiu a renovação antecipada de seu contrato com a Ferrari. No GP da Alemanha, revelou quanto pagou para seguir em uma equipe capaz de disputar títulos. Perdeu não só o primeiro lugar no grid, mas a condição de representar a nação.
Ainda que vencesse todos os grandes prêmios do restante da temporada, não deveria se atrever a empunhar a bandeira brasileira. Está na contramão de seu país, de seu povo, de sua torcida.
Quando o Brasil emerge entre as grandes potências, ganha credibilidade e mostra determinação, é simbolicamente traído pelo ato de Felipe Massa. Por seu equilíbrio e maturidade, ao não mostrar mais que descontentamento, pode ter assegurado a boa relação com a equipe. E se firmado como segundo piloto de qualquer time pelo qual venha a correr. Um bom piloto de escuderia, não de uma pátria.
Pois que continue cuidando da carreira, faça fortuna e se aposente abastado e feliz. Sinceramente, uma vez que não há por quê questionar seu caráter e decisão pessoal na corrida de Hockenheim.
Mas não empunhe mais a bandeira brasileira, por favor.

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1 Comentários

  1. È Livio......concordo plenamente com sua tese.
    Pois estão diluindo com o amor do brasileiro, que é aquela paixão pelo esporte...
    Não existe mais,esportista,equipe, patria, bandeira,dissabor de vitória.
    O nosso esporte virou um simples negócio um grande mercado de dinheiro.
    O que fazer com tanta infidelidade esportista???
    Bene.
    Abraços

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