O fim da fome e a vontade de morder


Serra vai mal nas últimas pesquisas, e está perdendo a cabeça. Segue por ora o mesmo caminho de Alckmin em 2006. Ao perceber que perdia distância, partiu para a agressão, e só fez perder a possibilidade de ser alternativa a um eleitorado ressabiado com o escândalo do mensalão e, mais particularmente em São Paulo, com o dos aloprados.
Bom para o Corinthians. Depois de emplacar como chefe da delegação da seleção, seu presidente, Andres Sanchez, “sem ter tocado no assunto com Teixeira” nomeou o parceiro como técnico da seleção e promete anunciar um estádio nas próximas semanas. Não deve faltar dinheiro para tanto. Calinho saliente na caminhada do PT, São Paulo sem um estádio exemplar seria o fim da candidatura do partido à prefeitura em 2012.
É juntar o fim da fome com a vontade de morder: Lula ser corintiano, Andres, petista.
Enquanto Serra procura resolver a peleja sozinho, chutando tudo quanto é bola a gol – chamar o ex-companheiro Zé Dirceu de chefe de quadrilha foi um carrinho por trás - a dupla de presidentes tabela pela meia em direção à CBF. Não me surpreenderia se ao fim do pleito surgisse no gramado um personagem esquecido lá no fundo do vestiário para assumir o posto de pivô e empurrar a bola pra dentro.
O velho camarada Boris Berezovski não só tinha prometido um estádio para o timão, mas contou com o esforço de altas patentes petistas na tentativa de comprar a então falimentar Varig. Ataque frustrado diante da zaga vigorosa do Ministério Público. O time dos promotores de justiça de todo o país, aliás, deveria estar concentrado e treinando pesado. Os adversários só esperam pelo apito final do juiz do TSE.


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