O histórico do São Paulo mostra que para o clube não vale a tese de que conquistar uma vaga para disputar a Libertadores é o grande objetivo no brasileirão.
O tricolor paulista entra sempre para ganhar, mesmo que seja um simples torneio. Jogando bem, jogando mal, com boas ou más formações, a equipe só tem olhos para o troféu em jogo.
O técnico Leão também é assim. Pode não ter sido ele a primeira ou a melhor opção, mas se encaixa bem na situação. O melhor remédio nesta reta final.
Um remédio homeopático. Por esta linha da medicina, o receituário segue o princípio de que a manipulação exacerba o mal, obrigando o organismo a reagir. Linha dura e mal-humorado, o comandante carrega a pecha de eficaz para tiro curto porque estressa o time. Pega no pé de jogadores, marca cerrado, e não faz a menor questão de mostrar tato nem, às vezes, educação.
Se junta a um time que tem passado por muito estresse intramuros, com Dagoberto, Rivaldo, contratos anulados ou renovados à força, maus resultados atuando em casa e a ansiedade quanto ao desempenho da maior aposta no ano, Luís Fabiano.
Como polo ao mesmo tempo irradiador e catalisador de tensão, o recém contratado em sua segunda passagem pela equipe – terceiro lugar no brasileirão de 2004 e campeão paulista em 2005 - tem a possibilidade de tornar o grupo mais centrado.
O primeiro desafio é a partida contra o Libertad do Paraguai, nas oitavas de final da Copa Sul Americana. Tiro curto em competição nervosa. Cenário perfeito para a ocasião.
O risco de errar na dose da fórmula homeopática de pressão é menor.
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