A demissão de Orlando Silva é muito estranha. Difere das 4 faxinas anteriores ( Nelson Jobim à parte) pelo fato de que, contra o ministro dos esportes, não existe qualquer acusação individual comprovada.
Ao requentar as denúncias sobre o esquema de aparelhamento do ministério por parte do PCdo B, a revista Veja fez o papel de moleque de recado do PMDB e da oposição, que buscavam uma forma de queimar a administração petista em Brasília. Não apresentou nada de concreto contra o remanescente do governo Lula. Nem a revista, nem seu principal denunciante, o PM João Dias.
Orlando Silva pode ter se omitido quanto ao favorecimento a ONGs aparentemente articulada por Agnelo Queiroz, mas é o partido quem comanda a tramoia.
No entanto a pasta continua sob comando do PC do B, interinamente nas mãos do secretário-executivo Waldemar Manoel Silva de Souza.
Que Dilma Roussef não fazia gosto de ver o baiano no comando dos esportes, é notório.
Jogá-lo ao leões é de uma brutalidade apolítica.
Se a questão era fazer faxina, vai ser difícil fazer a opinião pública engolir assim, a seco.
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