A lógica política indica José Aníbal fora da disputa eleitoral municipal ainda nas eliminatórias, mas entre todos os nomes colocados, merece atenção. É um personagem ímpar por reunir características comuns aos favoritos nesta fase, e, ao mesmo tempo, é capaz de imprimir diferenças em relação a aqueles com credibilidade.

Secretário de Alckmin, está à direita de Serra. Por seu histórico, à esquerda de Haddad.
Entre todos, é o único hoje capaz de criticar a gestão de Gilberto Kassab com credibilidade junto aos eleitores. Apesar de defensor do modelo FHC de privatização, suas críticas às empresas de distribuição de energia soam simpáticas especialmente às classes médias, a nova e a velha, com seus lares abarrotados de leds vermelhos em stand by.
A prefeitura paulistana nas mãos de Aníbal seria um deus nos acuda. No que dependesse dele, talvez até o rio Tietê fosse privatizado. Em cada saída das marginais, um pedágio. Também chamaria um doente para a briga na porta de um hospital público, aumentaria impostos e mandaria o povo relaxar e gozar.
O temperamento do ex-deputado federal insinua também uma relação pra lá de atribulada com a vereança. Por isso, quem sabe, se passasse por uma Dilma municipal.
Aliás, os dois foram parceiros no movimento estudantil, e ele hoje faz coro com os adversários dela. Essa relação ambígua tem rendido frutos a ambos os partidos ultimamente.
Aliás, os dois foram parceiros no movimento estudantil, e ele hoje faz coro com os adversários dela. Essa relação ambígua tem rendido frutos a ambos os partidos ultimamente.
Se Aníbal seria um bom prefeito, difícil dizer, mas que ele tornaria a eleição e a política mais animada em um suposto mandato, ah, isso iria.
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