Derrota feliz

Os tempos são outros mesmo. Não me lembro de uma derrota para o futebol argentino que deixasse a seleção brasileira satisfeita.
E não há do que reclamar. O time de Mano Menezes tem melhorado, cria expectativa mais animadora para os jogos de Londres. O sistema de marcação adiantada está evoluindo, com maior aproximação entre os setores, diminuindo os espaços entre as linhas, embora ainda com falhas.
Jogo bom de ver
A falta de cobertura no meio do campo, somada aos erros individuais, resultou nos dois primeiros gols de Messi. O fora de série do Barcelona só precisou de todo seu talento já na cara do goleiro Rafael.
Participando pouco do jogo, ele foi monumental no quarto tento, derrubando a tese de que um bom sistema defensivo pode conter a habilidade individual. Há quem veja falha na cobertura quando driblou Marcelo, mas foi sua visão diferenciada que o levou ao espaço livre para acertar com beleza o ângulo superior direito do gol. Neymar ainda não é capaz de chegar a tanto.
A partida foi atípica, com poucas faltas e catimba, ambas as seleções seguras e ofensivas, disputa boa de ver. Haveria até mais gols se Damião atuasse como se espera e os atacantes não tivessem arrematado tão mal, especialmente no primeiro tempo.
Ao fim da série de amistosos o treinador tem a possibilidade de definir os titulares. David Luiz e Thiago Silva são necessários. A lateral direita é a única dúvida.
A nova seleção – o time olímpico não tem como ser muito diferente do principal – não mete medo aos adversários, mas exige respeito e cautela.

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