![]() |
Theodor Selassie, da República Tcheca |
A bola começa a rolar na Eurocopa com atenções voltadas para as arquibancadas. Polônia e Ucrânia, sedes da competição, são o centro das manifestações de racismo no esporte, tema dos mais sensíveis tanto para a Uefa quanto para a FIFA.
Dirigentes da entidade europeia já declararam que será rigorosa quanto ao assunto, tendo inclusive orientado os árbitros a interromperem jogos caso ocorram agressões verbais contra atletas negros.
A seleção holandesa já denunciou ter ouvido durante treino na Cracóvia ruídos de torcedores imitando macacos, constrangendo jogadores negros da equipe. A seleção holandesa não registrou queixa formal.
Balotelli, atacante da Itália, vítima de racismo na Inglaterra, afirmou que abandonaria o campo se lhe atirarem bananas no campo novamente.
Brasileiros que atuam por times de países da região são unânimes em relatar gestos, gritos e cantos ofensivos com referência à cor da pele.
É neste contexto que a República Tcheca escala pela primeira vez um negro na seleção em disputa da Eurocopa. Theodor Gebre Selassie, descendente de imigrantes etíopes, é habitualmente agredido por torcedores em seu próprio país.
Os governos da Polônia e da Ucrânia prometem coibir o racismo.
A questão é bastante delicada.
O presidente da FIFA, Joseph Blatter, já teve que se desculpar publicamente quando tentou amenizar o racismo nos estádios. Politicamente está impelido a se manifestar veementemente contra qualquer manifestação de torcedores dentro da casa das anfitriãs.
A visibilidade proporcionada pelo evento é um convite a atos públicos de grupos políticos radicais locais, que ganham força com a crise econômica no continente.
0 Comentários