O Tigre não tinha a menor condição de disputar um torneio
continental. Entrou graças a mais uma maracutaia caça níqueis de cartolas. Quem acompanha minimamente o futebol sul-americano
não esperava nada menos que 3 a 0 na final.
Restava mesmo aos portenhos o de hábito, bater e catimbar. Se dentro de
campo não surpreende, fora dele, revela o comportamento típico do passado no
esporte, teimando em se repetir em clubecos de interior. O clube, tanto em casa
quanto aqui, foi lastimável, condenável e punível.
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Comportamento antigo como a Guerra Cisplatina (séc.XIX) |
O São Paulo, por sua história, conquistas e tradição, já
tinha vivido tal situação antes, e convivido melhor com ela.
Ao responder no mesmo tom os maus tratos recebidos, perdeu a
razão e estragou a própria festa. Motivos
para que os argentinos escapassem da derrota vergonhosa foram oferecidos pelo
tricolor dias antes do jogo, quando recepcionou mal os adversários,
impedindo-os inclusive de treinar no gramado do Morumbi.
A mal explicada convulsão nos vestiários, em que ambos se
acusam de tentativa de invasão, além de suposto uso de armas e agressões contra
o time argentino por parte de seguranças do estádio, lembram derbys
campineiros, quando o visitante encontra invariavelmente as portas do vestiário
trancadas até minutos antes do início da partida.
O Tigre não deve ter logo outra oportunidade de disputar final
de torneio internacional. O São Paulo estará, mais cedo ou mais tarde, de volta
a Argentina, como merece.
Além de perder a razão, levou o troféu e a pior.
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