Depressão


Desnecessário gastar parte destas mal traçadas para avaliar o desempenho da seleção no jogo contra o Chile.  A bem da verdade, mais útil é explicar o porquê da empolgação da torcida com os adversários.

Porque era um time. Se não tão forte ou tradicionalmente complicado como a Itália, era um time. Como tal, poderia ter vencido sem dificuldades a seleção brasileira. Só não o fez por limitação técnica.

Individualmente, o grupo brasileiro convocado é quase o que há de melhor à disposição para a Copa das Confederações e do Mundo. O que de mais significativo pode acontecer é o questionamento se Neymar deve permanecer com esta aura de intocável entre os titulares. Ele não convenceu, definiu ou liderou, o que se espera de um titular inconteste.

A seleção brasileira vai melhorar, não há como. O tempo maior de treinamento conjunto que está por vir resolverá uma série de problemas na marcação e ocupação de espaços, na defesa principalmente, pois, com Felipão, o histórico de seu estilo nos impede de acreditar em algo além.

A evolução, como indicou alguns dos bons momentos nos amistosos, será uma afinação na compactação em campo. É pouco para enfrentar as seleções destacadas desde a última copa, como Alemanha e Espanha. Vamos apostar na conhecida filosofia do atual coordenador técnico, Parreira, defensor da tese de que, na frente, o talento do jogador brasileiro fará a diferença e resolverá.  E o círculo vicioso então se completa, retornando ao questionamento sobre Neymar.

Seja como for, o que está claro e aparentemente insolúvel é o fato da seleção não apresentar consistência suficiente para gerar força extra em situação de crise. A superação exigida para reagir com segurança e confiança diante de um placar adverso durante a competição, ou um oponente determinado e duro.  Os empates evidenciam esta lacuna. A apatia involuntária está instalada na seleção brasileira. Daí a vaia.

 A amarelinha, como diz Zagallo, já não mete medo, e tempo não há para mais jogos, meio de desenvolver força mental e debelar esta espécie de depressão.

Sem brio nem espetáculo, não há aplauso nem mesmo na conquista. Assim vimos na Copa de 94.

 

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1 Comentários

  1. Anônimo12:39 PM

    Amigo Lívio, muito oportuno seu comentário, gostei da colocação. Abraços.

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