Não fosse pela importância e valores envolvidos, é como se o Atlético Mineiro apenas se preparasse para disputar o Campeonato Brasileiro. Bernard, que não jogou na vitória por 5 X 2
no Independência, faz falta, mas sua ausência junto de outros titulares não prejudicou o esquema do técnico Cuca, prova de equipe forte e bem montada.
Segura e confiante, oferece oportunidade para o talento individual. Permite a Alecsandro dar um toque tranquilo para esquerda e ajeitar a bola para o chute perfeito fechar o placar e Ronaldinho elevá-la com vagareza até o ângulo, gol a ser visto até a exaustão.
São lances muito admiráveis quando vistos no contexto de jogos entre sulamericanos, um belicismo alimentado sem pudor pela agremiação de Sarandí.
Pode não ter sido a melhor apresentação da equipe brasileira, e o adversário, mesmo aguerrido, não ser um oponente à altura, no entanto, o Galo manteve domínio completo da partida, inclusive psicológico. Os alvinegros resistiram às provocações dos argentinos, ferozes na pressão contra a arbitragem e no confronto físico com o policiamento, comportamento merecedor de punição pela Conmebol.
O comportamento dos atleticanos no episódio foi exemplar, merece um troféu antecipado por fair play.
O grupo ainda peca na queda de rendimento físico no segundo tempo, detalhe que pode fazer a diferença nas fases seguintes, por características específicas da Libertadores, como a altitude e o vale-tudo das disputas individuais.
O histórico do torneio mostra que a gana frequentemente derruba o bom futebol, como vimos nos jogos entre Boca Juniors e Fluminense na edição passada. Preparo físico é o que falta para os mineiros conquistarem o título.
O Corínthians, por sua vez, não anda bem, mas segue no páreo por manter o ritmo nos 90 minutos mesmo em terras altas.
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