Três técnicos e duas táticas


Grêmio e Fluminense fizeram um jogo chato, mas interessante. O duelo tático falou mais alto que o teatro no campo e deu no que pensar.

Os destaques do jogo
O primeiro ponto: Abel mostrou que três atacantes não tornam um time mais exposto, desde que haja disciplina e empenho. A equipe carioca, desfalcada de seus mais agressivos jogadores, dominou o jogo no meio de campo com o reforço de dois dos homens de frente, compactando o time e fechando espaços até mesmo para o serelepe Zé Roberto. Com a bola nos pés, usou todo o espaço no campo, pecando na troca de passes, não rodando-a com agilidade suficiente para abrir as duas linhas de defensores .

Aí chegamos ao segundo ponto: Luxemburgo evoluiu como técnico de Libertadores.  Se adaptou ao estilo gaúcho e priorizou o esquema defensivo do contra-ataque. É mais feio que o Luxemburgo tradicional, porém, eficiente. Diante de um adversário tão desfalcado, pode não ter adotado a estratégia no momento certo, e foi prejudicado pela má atuação de Barcos. No esquema montado, o centroavante  é figura fundamental.

Muito criticada, a expulsão de Cris, no entanto, garantiu o controle do jogo. O zagueiro gremista cometeu três faltas desleais seguidas em Rafael Sóbis. Na minha opinião, foi justo o cartão vermelho. Rigor assim coíbe episódios lamentáveis como os vistos nesta edição do torneiro, tanto fora quanto dentro de campo. A arbitragem comandada por Ricardo Marques Ribeiro só não foi exemplar por invalidar o gol de Rhayner, em  aparente posição legal.
Felipão em casa
A partida serviu pouco ao técnico da seleção, presente ao estádio para avaliar os atletas. O goleiro Diego Cavaliere quase não teve trabalho duro. O lateral André Santos esteve aquém do habitual. Zé Roberto manteve a boa movimentação, mas não fez a diferença desta vez. Fernando idem, mas ao menos expôs qualidade também na cobrança de faltas. A depender da rodada, não tem o que mexer na escalação do Brasil.
Diante das características do confronto, Felipão passou despercebido pela torcida gaúcha, que com ele comemorou a Libertadores de 1995.

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