As estrelas do Galo


A partida em Assunção começou com a torcida local calada e a dos visitantes em festa.  Um gol anulado de Diego Tardelli no início acuou ainda mais os oponentes dentro e fora dos gramados. Mas uma sucessão de erros inexplicáveis para um grupo cuja afinação despertava inveja e elogios deu confiança ao clube guarani. O título escorreu pelos dedos mineiros.

A equipe desandou desde a Copa das Confederações, e na primeira partida da final da Libertadores atuou muito abaixo de seu padrão. Réver pareceu sem ritmo de jogo. Ronaldinho, desfigurado como líder e articulador. Luan, substituto do suspenso Bernard, perdeu a agressividade. Enfim, as estrelas não brilharam.

O Olímpia é menos time que o Newell`s  Old Boys, adversário da fase anterior derrotado nos pênaltis após vencer em casa por dois a zero. Porém, tem uma defesa competente no desarme e, na frente, tem dois nomes que resolvem e um banco capaz de mudar a estratégia, como se viu na entrada de Ferreyra.

Escaldado pelos mesmos 2 X 0 revertidos pelo Galo contra o Newell`s  e, antes, o Tijuana, o técnico Ever Almeida deverá fechar o time e esperar pelo desespero alvinegro. Cuca terá de volta Bernard, mas perdeu seus dois laterais por cartões amarelos e a expulsão de Richarlyson.

O Atlético vai para o segundo jogo fraturado na coluna. A substituição de Ronaldinho é um golpe na autoconfiança.  O abatimento pós-jogo se mostrou profundo. Alecsandro atribuiu a trapalhada na cobrança de falta que resultou no segundo gol paraguaio a Cuca. Estão nocauteados, vendo estrelas.
A força psicológica que tanto se exigia dos jogadores e da comissão técnica ao longo do torneio agora é imperiosa.

 A estrela da sorte impediu uma goleada. Um raio cair três vezes no mesmo lugar é inacreditável.  

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